Review – Thor: Ragnarok

Sim, eu sou daquelas que vem acompanhando a saga bem-sucedida da Marvel, (desde Homem de Ferro 1) e aprendi a amar filme de super-herói com Tobey Maguire na melhor trilogia (tirando o último filme) de Spiderman. Você pode até não gostar do gênero, mas todos temos de reconhecer e bater palmas pela coragem e proeza de transformar seus quadrinhos em Blockbusters de sucesso, tanto de público quanto bilheteria. Mas pra mim, não rolou com Rangnarok.

A trama se passa após a “morte” de Loki, mas se vocês bem lembram, Odin caiu no sono dos Deuses e seu filho trapaceiro, assume seu lugar no trono. Thor, como bom protetor de seu reino, sai em busca de enfrentar todos os vilões que ameaçam Asgard. Para piorar, o Deus do Trovão vem tendo sonhos premonitórios da grande tragédia dos Deuses, o Ragnarok e que com ele emerge o pior dos pesadelos, a Morte. Ao enfrentar a reencarnação da Deusa do submundo, Hela, Thor e Loki acabam se separando e viajando para o outro lado do universo. O Deus do Trovão acaba enfrentando grandes batalhas, preso a escravidão de lutas por entretenimento e ele precisa correr para liderar e libertar seu povo, antes que o apocalipse dos deuses aconteça.

Eu não queria entrar muito no mérito, mas de cara é preciso falar da mudança na estética do filme (que já me deixou com o pé atrás). Estávamos acostumados com um quê mais sombrio nos filmes de Thor, mas nesse filme, o diretor Taika Waititi tomou como referência (e meio que uma homenagem) o visionário cartunista, roteirista e editor Jack Kirby. Cuja marca principal de seu trabalho, que influencia à todos até hoje, foi o desenvolvimento de desenhos “sci-fi”, ou seja, projetando raios, energia, aura em histórias de terror e ficção científica e um visual bizarro e muito colorido de suas criaturas alienígenas. Falei de tudo isso porque é preciso frisar que a meu ver, Thor: Rangnarock está MUITO PARECIDO ESTETICAMENTE (e em outros âmbitos) COM GUARDIÕES DA GALÁXIA.

Sei que a mudança tem que ser enxergada como algo bom, por isso, fui assistir ao filme na última sexta-feira. Bom, lembra o comentário sobre Guardiões da Galáxia? Então… o fato que mais me incomodou foi o excesso de piadas. Thor Ragnarok ficou parecendo uma imitação de Guardiões tanto nos aspectos visuais, como de roteiro engraçadinho e muitos personagens perderam suas características mais legais.

Loki, nosso amado Deus da Trapaça… pouco me lembrou aquele vilão que todos amamos. O Hulk (muito falador por sinal), Odin e o principalmente Thor. Nesse filme você descobre que se passaram dois anos dos fatos em Socovia (de Vingadores: A era de Ultron) fato importante pra entender que a iniciativa Vingadores já se encontra um pouco defasada com membros fora de Midgard (Terra)

Claro que o filme não é uma abominação por completo, mas deixou muito a desejar na hora de unir as histórias de Planeta Hulk (com os heróis sendo gladiadores e tendo que lutar por suas vidas) e o Ragnarok (o apocalipse dos deuses). A verdade, é que quiseram usar essas histórias, mas em outra leitura e desculpe, ficou cagadíssimo. A parte da arena e dos Gladiadores não foi bastante explorada, mas acabamos por descobrir um Hulk muito acomodado e quem tem mantido Banner afastado à algum tempo.

Kate Blanchet não me decepcionou como Hela, a vilã do filme, que tem sede do trono de Asgard. Mas ela não poderia fazer milagre, não é mesmo? Decepção mesmo são os personagens secundários, o executor de coração dividido Skurge e a Valquíria desgarrada.

Os guerreiros que sempre lutam ao lado de Thor e o famoso guardião da Bifrots, Heimdall mal aparecem e já desaparecem, assim como o seu entusiasmo durante o filme. Achei uma história que cansou e pesou nas piadas, apelou um pouco na mudança visual, que teve muito menos “nórdico” e muito mais “galáctico”. Nessa parte até entendo que a Infinity War que está por vir, já está influenciando e muito. Já que heróis de todos os mundos e dimensões vão se unir contra o poderoso titã Thanos. É um filme assistível? Talvez. É um filme com uma história legal e bem amarrada? NÃO.

Será que a Marvel está perdendo a mão? Eu sinceramente torço que não. A próxima chance fica pra fevereiro e que o abençoado Pantera Negra de Wakanda seja uma luz nesse fim do túnel.

Por Daniele Alves

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