REVIEW – VOLDEMORT: ORIGINS OF THE HEIR

Saiu o tão aguardando filme fan made VOLDEMORT: Origins of the Heir (VOLDEMORT: A Origem do Herdeiro), uma produção não comercial produzido pela Tryangle Films. O filme é uma criação dos fãs para os próprios fãs da saga Harry Potter. Com a data anunciada no mês passado para 13 de Janeiro de 2018, o filme está disponível para streaming no Youtube, não possui relação com a Warner Bros e a autora da saga J.K. Rowling  porém ambos deram seu aval para a disponibilização do conteúdo com a condição de que não tenha fins lucrativos.

O Filme retrata o passado de Voldemort, o antagonista da saga Harry Potter. Mostra como acontece a sua ascensão ao titulo de Lorde das Trevas, tornando-se o maior bruxo das trevas de todos os tempos, no entanto a história não possui relação com o que foi escrito pela autora J.K. Rowling, o enredo em si é baseado em fanfics que foram escritas pelos próprios fãs utilizando informações sobre o passado do bruxo obtidas do universo da saga Harry Potter como base para a trama. 

Sinopse: O jovem  está com fome de poder … apenas os herdeiros das quatro casas terão a coragem de detê-lo.

A equipe técnica é bem pequena, o que resultou em uma divisão de funções. A direção, roteiro, edição e efeitos visuais ficou por conta de Gianmaria Pezzato, já produção executiva, edição de som, foleys, desenho de som e produção de efeitos ficou a cargo de Stefano Prestia enquanto a direção de fotografia e operação de câmera foram assumidas por Michele PurinMartina Segatta: Diretora de Produção, Manuel Venturini: Assistente de Set e Operador de Drone, Silvia Dalpiaz: Cenografia, Sonia Strusi: Maquiagem, Matt Steed: Trilha Sonora, Anna Visigalli – Corte11: Colorista.

O Elenco é estrelado por Stefano Rossi, Maddalena Orcali, Alessio Dalla Costa, Aurora Moroni, Andrea Baglio, Sigurdsson Jr. Andrea Bonfant, Gelsomina Bassetti, Andrea Deanesi, Sigurdsson Davide Ellena, Steven Tomasi, Auror Pietro Michelini.

Eu já começo o review parabenizando a todo mundo que fez parte do projeto pelo empenho e qualidade no resultado final, só o fato de o filme estar disponível com legendas em diversos idiomas já é uma grande demonstração do esforço em tornar o projeto em realidade.

O filme tem uma duração de quase 53 minutos, o que pode caracterizá-lo como um longa-metragem em alguns países e média-metragem no Brasil, por assim dizer. Particularmente eu considero como curta-metragem, levando em consideração o fato de conter menos de 60 minutos de duração.

Em uma breve análise eu cito que a fotografia e os efeitos visuais são muito bons, principalmente os efeitos visuais, eu acho que não fica devendo em nada se você comparar a algumas produções de Hollywood. Os enquadramentos do filme são muito bonitos, bem capturados, uma colorimetria condizente com a atmosfera do enredo, locações belíssimas, cenários razoavelmente produzidos. Nota-se o uso constante de chroma-key em cenas de estúdio e o resultado é bem legal. A Edição do filme é muito boa no geral. As caracterizações não são muito elaboradas, eu sei que provavelmente é por conta do baixo orçamento mas não é tão relevante, o único incomodo pra mim foram as lentes de alguns personagens. 

O Roteiro não é tão elaborado, em alguns momentos eu fiquei um pouco perdida na história pela forma como a narrativa foi retratada, o plot twist no final não surpreende, tem uns diálogos bem fraquinhos, de pouco impacto, o que também tem uma parcela de responsabilidade nas atuações precárias. O único que se destaca é o intérprete de Tom Riddle que parece ter entrado no personagem 100%, ele soube transcrever a essência  do Lorde das Trevas muito bem, a aparência dele me lembra muito o Ralph Fiennes (Voldemort da Saga Harry Potter produzida pela Warner) e lembra também, tanto no quesito atuação quanto o quesito aparência, o ator Christian Coulson (interpretou o Tom Riddle jovem no segundo filme da saga). 

Ainda falando sobre as atuações, que foram abaixo da média, outro ponto negativo que acaba atribuindo esse resultado é a captação de áudio, todos os diálogos foram dublados e muito porcamente. O sincronismo do autodub causa um pouco de desconforto por dois motivos: As interpretações não se igualam nas cenas e diálogos e boa parte das cenas os diálogos parecem uma dublagem em outro idioma, é como se as falas fossem todas diferentes quando foram gravadas no set e quando fizeram a dublagem leram um roteiro diferente. Fica parecendo novela mexicana em que a dublagem não condiz com as cenas e o timing é todo errado. 

Não sei o motivo de não terem feito a captação de áudio em cena ou o porque do autodub que ficou tão ruim. Acredito que independente das motivações, o mínimo que poderia ser feito era regravar as cenas ou redublar até chegar a um resultado razoável. A qualidade do autodub é até irrelevante quando o maior problema é o sincronismo, não é todo mundo que vai ficar reparando que a voz tá saindo isolada em uma cena de praia, mas um diálogo que acontece enquanto as pessoas estão de boca fechada é impossível né? Acho que o maior erro do filme é essa questão de captação e sincronismo. A legenda em português ficou muito boa, o desenho de som é bom, os foleys de sapatos não ficaram muito bons mas não é tão incomodo, e a trilha sonora também ficou ótima. 

Eu não vou tirar o mérito da equipe e todo seu esforço, para um filme de baixo orçamento, poucos recursos e feito por fãs de uma saga mundialmente famosa é um grande feito. Eu acredito que o resultado disso vai render ótimos frutos para todos os envolvidos no projeto, além de reconhecimento é um trabalho que vai acrescentar muito o portfólio e provavelmente muitos empregos serão conquistados na indústria cinematográfica. De verdade, o projeto é muito bom e provavelmente feito com muito carinho porque a dedicação é notória, a visibilidade o filme já tem, espero que o reconhecimento por parte da Warner e J.K. Rowling sejam feitos.

Aproveito o final da postagem e deixo aqui  minha recomendação para você assistir Voldemort: Origins of the Heir, ajudar com a sua visualização e deixar seu like no filme. 

OBS: Não incentive a pirataria, assista o filme no canal oficial do Youtube!

 

Autoria de Dany Poynter

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