Review: “reputation” – Taylor Swift

Em seu sexto álbum, Taylor Swift apresenta o “reputation”. Que tem com um dos principais temas sua reputação na mídia nos últimos anos. Mas também sem sair da temática da qual marcou a carreira da mesma, o amor. Durante o álbum, ela conta sobre estar muito apaixonada e como esse amor a afasta de todo o drama e exposição negativa na mídia. Com uma forte influência de hip-hop/rap em sua produção ela conta com a parceria de Max Martin, Jack Anthonoff e Shellback e apresenta uma nova sonoridade e até uma versatilidade da cantora-compositora.

A aventura começa com “..Ready for It”, (o segundo single do projeto) e a faixa “End Game” (feat. Ed Sheeran & Future) em uma intensidade já esperada. Ambas tem um intrumental carregado mas ao mesmo tempo suaves, letras que falam sobre amor, mas de uma forma diferente uma da outra. São produções refrescantes para ela e para o famoso produtor, Max Martin que é colaborador da metade do disco.

Em “I Did Something Bad”, um dos pontos altos do projeto, a agressividade das duas primeiras faixas continua. Ela assume uma posição de satisfação com uma vingança. Com um jogo de palavras ela diz em um trecho: “Why’s it feel, why’s it feel so good? (Bad)”. A contradição de um sentimento, como algo dito ruim, seria tão bom? O mais interessante é que nessa faixa o tema do album se concretiza, ela abraça sua reputação e fala abertamente sobre situações como essas e seus sentimentos em relação a elas.

O tema reputação continua em “Delicate” onde ela alcança um estado de compreensão sobre uma paixão. Ela diz: “My reputation’s never been worse, so you must like me for me…” em constatação de que realmente a pessoa que ela está, sente realmente algo verdadeiro sobre ela, já que a sua reputação não anda lá essas coisas. Seguindo com “Look” que foi lançada como primeiro single do projeto, não é uma música representativa do disco como um todo. Seus versos obscuros, o refrão que pode causar estranheza na primeira, segunda ou terceira ouvida, soa até como um risco aos meus ouvidos. Mas ao mesmo tempo, é isso o que faz ela ser tão interessante e pegajosa.

Na segunda parte do álbum faixas como “Getaway Car”, “King of My Heart” e “Dancing With Our Hands Tied” trazem o lado romântico que os fãs tanto amam. E até uma Taylor sensual em “Dress”. Porém é em “This Is Why We Can’t Have Nice Things” onde o tema principal do disco volta a brilhar. A letra fala sobre segundas chances, reconciliação de amizade e como isso foi por água abaixo novamente, e ela ainda afirma. “Não fui a única amizade que você perdeu”. As duas baladas que encerram o projeto, fecham com chave de ouro. “Call It What You Want” é uma redenção com o amor enquanto tudo desmorona, e “New Year’s Day” praticamente toda no piano, é uma declaração de amor e um pedido para seu parceiro ficar, como se fosse interligada a faixa anterior.

Como ótima liricista na indústria pop e sua capacidade de rir sobre si mesma, a cantora mostra nesse álbum que está ciente de tudo o que se fala sobre ela na mídia. Com desentendimentos públicos com outros famosos, Taylor se sentiu no olho do furacão e com sua reputação ameaçada durante os últimos anos. Com a inteligência e todo seu marketing inacreditável ela vira a situação a seu favor , veste a fantasia de cobra que deram a ela e faz todos os holofotes virarem para si mesma novamente. Apesar de toda a parafernalha e todo o drama que a circula, é inegável a entrega de mais um ótimo trabalho. Ela cumpre desde sua transição do country, o papel de uma estrela pop perfeitamente.

Destaques: “…Ready for It?”, “End Game”, “I Did Something Bad”, “Look What You Made Me Do”, “Getaway Car”, “Dance With Our Hands Tied” e “Call It What You Want”.

“reputation” foi lançado 10/11 e está disponível no Brasil apenas no formato digital por enquanto. Compre aqui: https://goo.gl/VR4NRS

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